Filho do meio: negligenciado, esquecido, sem papel definido😥

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Filho do meio: este assunto ecoa no universo materno

Converse com uma mãe que tem  filho do meio e descubra o que realmente acontece na rotina maternal!

Aliás, tive a oportunidade de conversar com algumas e me disseram que ter o terceiro filho muda as coisas. É uma dinâmica única, que apresenta desafios especiais.

Eu ainda sou mãe de primeira viagem, mas para falar um pouco sobre este assunto, convidei uma mãe de três.  A Carla. Ela aceitou o convite e veio falar de peito aberto o que rola lá na casa dela…

Os desafios  de uma mãe de três

filho do meio

filho do meio (O Davi)…

“Olá mamães, sempre é um prazer compartilhar experiências aqui! Hoje realmente aceitei o convite de peito aberto!

É com alegria que vim compartilhar uma das minhas histórias, que sempre digo que são partes do meu livro chamado: as aventuras da maternidade.

E se você se identificou com o nome, saiba que cada uma de nós temos esse livro.  E certamente, ele é recheado de emoções, desesperos, angústias, alegrias mas sobretudo, muito amor!

Em suma, podemos afirmar inegavelmente que amor de mãe transborda no peito! E que o coração de mãe é elástico!

O irmão do meio

filho do meio

Filho do meio

Bom, mas hoje vou falar em especial de um menino, meu filho do meio.  Certamente vocês já ouviram as expressões que vou listar abaixo:

“Filho do meio sempre fica pra depois” ou esta,  “filho do meio, tadinho sempre sobra pra ele”…. Enfim, são muitas, e eu vivi uma delas. Inconscientemente, é claro.

Embarque em minha história

Meu filho do meio, é um menino de 10 anos, quando me casei novamente ele tinha seus belos e peraltas 5 anos.

A adaptação com o novo ser masculino que estava dentro de nossa casa, foi bem leve! O Guilherme meu marido atual é um paizão e me surpreendeu.

Contudo, já viemos de um processo de adaptação durante o namoro. O Davi sempre foi um menino muito aberto a novas amizades!

Na verdade, nesta época ele estava até meio carente em relação a figura paterna (uma outra aventura, um dia escrevo).

Quando ele se tornou o filho do meio

A Mel, nossa  filha caçula, chegou quando ele tinha 7 anos. A Ana, minha  filha primogênita , tinha 17, e ele foi muito envolvido no processo de chegada da irmãzinha.

Fiz da mesma maneira que eu havia feito com a Ana quando ele chegou, inclusive vou compartilhar algumas dicas com vocês.

A família estava crescendo mais uma vez, ou seja, ele precisava envolver-se!

Para ele frisar que estava chegando mais um amor para o nosso meio, as lembrancinhas de visitas eram escritas assim:

Minha irmãzinha chegou, obrigado por ter vindo e ele fazia questão de entregar ! Também comprei diversos mimos para ele, nessas lojas de R$1,99 (na época era R$1,99 mesmo).

Deixei reservado e a cada visita que vinha com uma lembrancinha para a Mel, eu entregava um mimo e pedia para a pessoa entregar ao Davi.

Minha vida não era só maternidade

Estava tudo fluindo muito bem! Posto que havíamos pensado com carinho neste processo do Davi, tornar-se irmão do meio.

Entretanto, eu a workaholic (viciada em trabalho) resolvo aceitar um convite para trabalhar em São Paulo.

Foi uma proposta que me deixou balançada, uma oportunidade para meu o desempenho como mulher! Logo, eu aceitei!

O meu desafio de mãe que trabalha fora começou!

Eu era Consultora de Sistema SAP, trabalhava em uma grande empresa de tecnologia, e era meu sonho de consumo estar lá.

Porém, minha rotina era agitada, veja bem:

Eu saia as 4h30 da manhã de casa e retornava por volta das 20h00, mal dava tempo de dizer “Oi, mamãe ama vocês”, corria para faculdade (sim resolvi voltar estudar), e tudo isso com os 03 filhos.

Mãe no piloto automático

Eu estava vivendo no piloto automático, me dei conta quando fui chamada na escola do meu filho do meio.

Sentadinha na cadeira, ouvi da diretora que meu filho, que aquela criança doce (às vezes azeda), loiro e lindo estava colocando apelidos maldosos nos amigos.

A situação estava tão incomoda, que os  pais reclamaram uma atitude da escola.

Nem preciso contar, que desejei ardentemente um buraco no meio da sala. Minha vontade era me enterrar até alguém me tirar e dizer que estavam confundindo as crianças.

E que o meu não era aquele “pequeno monstro”.

Quando nos sentimos um desastre

Sai da escola, e me lembro que sentei na calçada escondida atrás do carro, em meu belo terninho e salto fino tão segura de si, mas que naquele momento não sabia o que fazer.

Chorei muito e hoje conto essa aventura com sentimento de gratidão, porque ela foi um gatilho para disparar várias mudanças em mim.

A nossa postura reflete diretamente em nossos filhos

filho do meio

Filho do meio

Sim temos que verificar em nós! Quando um filho apresenta um problema, temos que verificar o que esta em nosso comportamento que somatiza na criança.

Tendo em vista que, não basta enfiar os bichinhos em um consultório de psicóloga, se nós como pais e nosso ambiente familiar não estiver harmonizado.

Desso modo, é necessário avaliar a situação como um todo. E a criança deve ser instruída em um primeiro momento pelos próprios pais, que foi o que eu fiz.

Reconhecendo nossas falhas

Olhei pra minha rotina, e realmente, ele estava sendo deixado de lado.  Eu estava preocupada com a Ana que prestava vários vestibulares e com certeza iria passar em uma faculdade e moraria longe de mim (e passou, hoje mora 300 km de casa), precisava prepara-la para a vida em república.

Precisava cuidar da Mel, trabalhos da faculdade, com o Davi ia falando conforme dava, difícil assumir isso, mas foi o que aconteceu.

Bom, nessa altura e nesse momento não podia sair do trabalho em São Paulo, em uma outra oportunidade falarei sobre isso. Assim sendo, passei a pesquisar o que podia ser feito para ajudar o meu filho.

Precisava tomar uma atitude

Ele estava na pré-adolescência, dividia o quarto com a irmãzinha, a pré-adolescência traz a sensação de espaço.

Contudo, eu sentia que ele precisava se encontrar, encontrar o espaço dele se sentir pertencendo a família.

Por isso, minhas ações foram, conversar muito com especialistas, e nesse caso foi uma amiga, um anjo de luz, chamado Adriana Chavez.

Ela é KidCoaching e apaixonada pelo universo da criança, e me conduziu a entender o momento do Davi.

Meu coração de mãe apontou para algumas direções:

Nessa altura a Ana já tinha saído de casa, e o quarto dela estava disponível, e não seria para meu tão sonhado espaço da bagunça. Por fim, passou ser o quarto do Davi…

Ele ganhou um espaço!

Um quarto, com uma prateleira para os livros , uma escrivaninha para estudar. Um cantinho só para ele.

No esporte

Conversei com os professores e ele passou a ser ajudante, limpando tatames no judô e ajudando a guardar as bolas ao final do treino do futebol.

A ideia era que ele fosse mais humilde, e deu certo, ele se sentiu importante também.

Na escola

Após muitas conversas, ele pediu desculpas aos amigos, e com a ajuda da professora em sala também melhorou o comportamento.

O Pulo do gato!

 

Nenhuma das ações teriam dado certo se ele não tivesse a atenção de quem ele mais queria.

Da mãe dele, EU! Então, temos o nosso dia, escolho aleatoriamente um dia na semana para termos um momento especial só nos dois.

Neste dia vamos a padaria tomar um café, já fomos jantar só nós dois!

Recentemente eu fui palestrar e ele foi meu ajudante, ficou no computador mudando as páginas conforme o sinal que havíamos combinado.

Também sai do trabalho em São Paulo, isso vou escrever mais detalhadamente, tomamos  café da manhã juntos e eu ouço ele.

Vamos para escola sempre cantando, no começo ele ia dormindo, hoje vamos falando de coisas que ele gosta e sempre uso a pergunta…

Como você esta se sentindo ? O que isso quer dizer para você? O que você pode fazer para melhorar isso?

Ele já era amado, mas agora ele se sente amado!

Essa troca faz ele se sentir importante , provoca nele o senso de responsabilidade, senso de liberar as emoções (falar o que sente e como se sente).

Senso de pertencimento, esse foi o fundamental, ele pertence a casa que mora, faz parte das decisões e é colaborativo com as atividades do lar.

Enfim meninas, quando se trata de filhos e sentimentos, nunca temos a receita certa, mas temos o amor incondicional que pode sempre nos levar a olhar nossos filhos com mais calma e prestar atenção nos sinais.

O AMOR sempre será o melhor de todos os tratamentos!

Esse artigo fez sentido pra você? Vou adorar receber essa troca, que tal?

Um beijo e até a próxima.

Recomendamos que leiam este artigo: Os 7 pecados capitais que cometemos com a educação dos nossos filhos.

 

 

 

 

 

 

 

 

9 de novembro de 2018

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  • Valéria Queiroz

    Valéria Queiroz
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