Você sabe o que é infantolatria? Eu quase cometi esta falha inconscientemente
O que é infantolatria- ela pode atrapalhar a relação familiar
Como mães de primeira viagem, a verdade é única: Somos bombardeadas diariamente com inúmeros conselhos e informações.
E nós vivemos preocupadas em fazer o melhor para os nossos filhotes, para que eles cresçam com um bom caráter.
Eu me preocupo muitas vezes, se eu não estou “falhando” no processo “educar” e interferindo diretamente na vida futura do meu filho.
Não! Eu não estou sendo exagerada!
Já me deparei com situações, que pessoas me disseram, fique tranquila, o futuro a Deus pertence! Você se preocupa muito.
Entendo que não devemos viver de forma neurótica, mas consciente que as nossas atitudes em família, no âmbito educação, relacionamento, convívio geram consequências positivas ou negativas no futuro dos nossos filhos.
Foi aí que me deparei com Infantolatria, eu estava cometendo esta falha, vou contar para vocês detalhes.
O que significa infantolatria?
Acho que a melhor forma de explicar é apresentar alguns sintomas, vamos lá!
- Quem define o canal de televisão que a família vai assistir?
- Quem escolhe a programação do final de semana?
- Quem define o cardápio ou dá palpites no cardápio do jantar?
Para algumas destas perguntas, as minhas respostas foram: Meu Biel! E, ele tem apenas 2 anos!
Infantolatria
Podemos resumi-la como cuidado exagerado voltado aos nosso filhos. A verdade é única, o que acontece é que diante a chegada de um bebê, inconscientemente por excesso de zelo e amor, nós acabamos tratando os filhotes como prioridade master dentro da nossa rotina familiar. E, quando esta rotina foge do controle, nós mamães acabamos nos martirizando, sofrendo em busca da perfeição da maternidade.
Quando me dei conta?
Em um bate papo com a pediatra do Biel, já relatei para vocês que as vezes ela precisa ser um pouco dura comigo, para que eu possa enxergar algumas verdades que meu amor de mãe impede.
Por passar o dia fora, trabalhando, vida de mãe empreendedora, eu estava inconscientemente, deixando o Biel quebrar algumas regras e definir outras com apenas 2 anos de idade, como por exemplo:
- Horário para dormir a noite: Deixava ele a vontade, afinal era aquele o único momento que ele tinha conosco, então não tínhamos mais um horário, brincávamos até ele cansar ou sentir vontade de dormir;
- Programação de TV: Toda mãe ou pai tem programações que gostam de acompanhar, mas chegamos ao ponto dele dizer “Isso não, eu quero assistir isso”! E nós simplesmente mudávamos, porque tadinho, ele é a prioridade, temos que deixar ele feliz e a vontade;
- Jantar : Fazia a janta, com opções (saladas, legumes, mistura, arroz e etc) e para ele comer eu ficava dando várias opções.. Ah você não quer isso, o que você quer que a mamãe faça? E na expectativa de descobrir o que ele iria comer, acabava fazendo “N” coisas, até acertar.
Não eu não quero ser uma mãe carrasca!
Toda mãe quer o melhor para seus filhos, sempre estamos nos cobrando para sermos melhores. Isso é amor de mãe!
A minha maior falha foi que, eu estava confundindo o “puro amor” com falta de limites. O Biel não estava sem educação ainda, mas estava começando a criar suas própria regras. E isso, fatalmente não é bom para formação dele! Futuramente ele sofreria com a hierarquia, regras e etc.
A vontade soberana dele não pode reger a família toda! Ele é um presente de Deus sim! E temos que ama-lo incondicionalmente, porém filhos mimados geram pais negligenciados.
Atenção
- A minha intenção ao compartilhar estas experiências, não é apontar erros, ou definir o que é certo ou errado. Mas sim, auxiliar você que é mãe como eu e humana. Cometemos falhas sim! Mas nunca é tarde para botar as coisas nos eixos outra vez.
- Não estou incentivando você se tornar uma mãe severa, inflexível, mas a ter um olhar atento sobre o quanto as nossas atitudes de amor, impactam diretamente na formação dos nossos filhos.
- Não! Eu não quero e não vou obrigar o Biel comer o que ele não gosta, ou fazer ele assistir programas inadequados para idade dele, até porque este bom senso de família tem que estar “encravado” em nós.
Com base nas situações acima separei algumas dicas para evitar a infantolatria
- O amor não está associado ao “pode fazer tudo”, deixa ele ser criança e viver. A criança precisa saber os limites dela;
- É necessário ter diálogo, lembre-se nos estamos conduzindo uma vida, eles não nascem com manual de instruções, nós somos as primeiras referências deles;
- Não existe maternidade perfeita, todos estamos sujeitos as falhas, o mais importante é sabermos reconhecer o erro e mudarmos;
- É de extrema importância que o papai, a mamãe, a vó ou a cuidadora pratiquem com autoridade seus papéis de educadores e que possam continuar vivendo suas vidas, não só na criança. Entenda, pode até soar falta de amor, mas não! A criança precisa sentir que pertencente a uma família e não é dona da família.
Temos um artigo aqui no Blog também, que fala sobre o tempo, no âmbito quantidade X qualidade, com os nossos filhos, vale a pena ler!
Achei super interessante também, a colocação da Vera Zimmermann, professora de psiquiatria da Unifesp, no artigo da revista crescer a respeito de crianças mimadas.
Veja algumas consequências que a infantolatria pode causar
- Quando a criança se deparar com situações externas a da família, ela poderá viver uma falsa sensação de poder e autonomia, pois ela nem sempre será o centro das atenções como ocorre em casa;
- A criança poderá não estar preparada para lidar com qualquer tipo de frustração da vida, fazendo com que o grau de “sofrimento” aumente, tendo mais dificuldades para praticar a superação.
- Uma criança sem limites pode ter alguns problemas no convívio com outras crianças na escola e na sociedade, gerando dificuldade de relacionamento e problemas em fazer novos amigos.
- Além das complicações na vida dos filhos, como dificuldade de socialização e insegurança, deixar a criança comandar a dinâmica familiar pode prejudicar muito o relacionamento do casal;
Resumindo
Agora você já sabe o que é a infantolatria, se cometeu esta falha assim como eu não se martirize, agora é hora de corrigir a falha.
Uma coisa que aprendi é: Que nenhuma criança é menos amada porque não impõe sua vontade sobre toda a família. Nós precisamos ensiná-las de forma sábia, que eles não mandam em casa e precisam obedecer regras, compreendendo que são cuidadas com o mais puro amor e que a disciplina é para o bem delas, mesmo que no momento elas não entendam.
Futuramente entenderão que não fomos pais omissos e contribuímos com maestria na formação do caráter delas.
Se quiser continuar lendo sobre edução dos filhos, vale a pena ler este artigo feito pela educadora Tatiane Marcondes : Descubra os 7 pecados capitais na hora de educar os filhos.
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Valéria Queiroz
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